O céu está negro.
Não há estrelas.
Tudo se foi embora.
Fica apenas a recordação.
De um dia melhor,
De um dia mais quente,
De uma noite ardente.
Ouve-se a saudade no ar.
Saudade de o ver,
Saudade de o ter,
Saudade de o puder tocar.
E quando ele se aproxima
Tudo em mim se liberta.
Um toque, dois
Mas será a hora certa?
O seu olhar penetra
Os seus dedos fluem nos meus,
Os seus braços levam- me
Para o seu mundo de dúvida e incerteza.
E de repente,
Quando tudo cresce intensamente,
Os nossos lábios tocam-se
E a vela fica acesa.
No seu mundo de incerteza.
A chuva cai agora mais forte.
Imagino o aqui na minha cama,
O seu cheiro intenso aconchegante,
Aquela ternura de quem o olha, não que o ama.
14.06.2005
Sem comentários:
Enviar um comentário